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06/07/2021 - Recrutadores

Comitê de diversidade e inclusão e o processo de recrutamento e seleção

A diversidade é um assunto que tem sido muito debatido atualmente. Para as empresas, investir em um ambiente plural aumenta a competitividade e produtividade do negócio. Um time de colaboradores e gestores diversificado é capaz de melhorar o employer branding e oferecer diferentes vivências e perspectivas, aprimorando processos internos, produtos e serviços, assim como o relacionamento com clientes e fornecedores.

 

Com o objetivo de elaborar, colocar em prática e monitorar as ações inclusivas, surgiram os Comitês de Diversidade e Inclusão. Quando uma instituição decide investir na criação de um órgão específico para gerenciar o assunto, ela coloca a diversidade como parte da sua agenda, assim como pautas, calendários, treinamentos e ações que mobilizem todos os times em relação à diversidade. 

 

Lembrando que inclusão social é uma questão ampla que defende oportunidades iguais de acesso a bens e serviços para todos, ou seja: pessoas negras, grupos pertencentes ao LGBTQI+, cidadãos com deficiência (PCD), de diferentes classes sociais, educação, faixas etárias, gêneros, culturas, entre outros.

 

Cerca de 62% das organizações consideram a inclusão um grande desafio corporativo e não possuem programas para estimulá-la. A criação de um Comitê de Diversidade e Inclusão é uma estratégia que fará a companhia avançar de forma assertiva rumo a um ambiente mais igualitário e equilibrado. Para formar o grupo, é possível fazer uma pesquisa interna identificando quais colaboradores têm afinidade com o tema e interesse em participar do comitê. O ideal é que o grupo seja multidisciplinar, formado por colaboradores de diferentes áreas e níveis hierárquicos. 

 

O comitê pode começar sua atuação acompanhando os processos de recrutamento e seleção com o intuito de torná-los mais inclusivos. É possível, por exemplo, reforçar no anúncio da oportunidade de emprego que a empresa tem como compromisso um ambiente diverso e inclusivo. Outras ações importantes são a reserva de um percentual de vagas para grupos minoritários e a inclusão de candidatos de outras cidades, caso o trabalho seja remoto. O Comitê de Diversidade e Inclusão também pode ajudar o RH a elaborar as perguntas que os profissionais responderão durante a entrevista, priorizando suas capacidades e experiências mais do que suas vidas pessoais para que ninguém seja tratado como vítima durante a seleção.

 

Apesar de ser uma porta de entrada para colaboradores com perfis mais diversos, o processo de recrutamento e seleção não é a única atribuição do Comitê de Diversidade e Inclusão. O grupo pode contribuir para melhorar a inclusão também de outras formas:

 

Comitê de Diversidade e Inclusão torna o ambiente corporativo plural e igualitário

 

  1. Realizando um plano de ação com atribuições e cronograma pré-definidos. Além de promover a diversidade e a inclusão, o comitê precisa acompanhar as práticas adotadas pela empresa e analisar indicadores para revisar constantemente os processos, deixando-os mais assertivos. O cronograma pode contemplar treinamentos e palestras sobre os assuntos mais relevantes e que precisam ser debatidos por todos os colaboradores.
    
    
  2. Um bom começo é fazer um levantamento demográfico da diversidade de colaboradores, gestores e terceiros. Em seguida, o RH pode avaliar quais são os benefícios e programas de capacitação oferecidos atualmente que favorecem a inclusão e como eles poderiam ser aprimorados.
    
    
  3. Outros índices também que precisam ser levados em conta pelo comitê, como: a porcentagem de colaboradores pertencentes aos grupos sub-representados em comparação aos majoritários (representatividade); o turnover deles em relação aos hegemônicos; a porcentagem de profissionais de grupos minoritários no processo de recrutamento e seleção e nas contratações. É necessário avaliar a diversidade dos gestores e repensar os critérios para promoção, a fim de garantir que os líderes também tenham um perfil diverso.
    
    
  4. Para instituir um ambiente corporativo saudável, equilibrado e justo, é fundamental criar um canal para receber e analisar denúncias relacionadas a assédio, racismo, homofobia, intolerância, entre outros. O Comitê de Diversidade e Inclusão pode atuar neste sentido junto com o RH e o departamento jurídico, elaborando mecanismos de combate a qualquer tipo de discriminação. 

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